26 de abril de 2012

Empregado não pode vender mais de dez dias de férias

O artigo 143 da CLT possibilita ao empregado converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário. Trata-se do procedimento conhecido comumente como venda de férias. Em vez de gozar trinta dias de descanso, o trabalhador pode optar por suspender o trabalho apenas por vinte dias e receber o valor da remuneração que lhe seria devida pelos dez restantes. No entanto, se o limite legal não for respeitado, a conversão é nula e o empregador ficará obrigado a pagar o dobro da remuneração, na forma prevista no artigo 137 da CLT. E foi o que aconteceu no processo analisado pela 2ª Turma do TRT-MG. A reclamante afirmou em seu depoimento que sempre vendeu suas férias, sendo que, nos dois primeiros anos, foram vinte dias convertidos em dinheiro, nos últimos anos, trintas dias. A empregadora admitiu que pagava o valor correspondente a vinte dias de abono pecuniário em cada período de concessão de férias. Ou seja, a empregada descansava apenas dez. Por outro lado, a reclamante não conseguiu comprovar que, posteriormente, passou a vender os trintas dias, trabalhando durante todo o tempo que seria destinado às férias. Conforme observou o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, a declaração da reclamada deixa claro o descumprimento ao artigo 143 da CLT, que permite a conversão de apenas 1/3 das férias. A venda de 2/3 do período causa prejuízo ao trabalhador, que acaba não descansando nem o mínimo previsto. Essa irregularidade enseja a aplicação do artigo 137 da CLT, que determina o pagamento em dobro da respectiva remuneração. A decisão de 1º Grau condenou a empresa ao pagamento de férias de forma simples, acrescida de 1/3. Isso porque a reclamante já recebeu pelo período e a dobra refere-se à repetição do valor correspondente à remuneração pelo trabalho em dias que seriam de descanso. Ocorre que, segundo destacou o relator, o pagamento deve ser limitado ao período dos vinte dias de férias anuais, que não foram usufruídas pela reclamante. "O pagamento integral do período de férias caracterizaria enriquecimento sem causa da reclamante, já que alcançaria inclusive os 10 dias de férias efetivamente gozados pela autora", acrescentou. Com esses fundamentos, o desembargador deu parcial razão ao recurso da ré, apenas para limitar a condenação ao pagamento das férias ao período de vinte dias, que não foram gozados pela trabalhadora. ( 0000460-12.2011.5.03.0060 RO ) Fonte: TRT-MG

Empresas se capacitam para operar sistema digital da Receita

O proprietário da rede de supermercados Irmãos Cantalice, José Willame de Araújo, está com dificuldades para operar o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). O software da Receita Federal, em vigor desde 2009, impôs a substituição da escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital (ECD) por todas as empresas tributadas pelo lucro real. “Eu ainda estou com pendências com a Receita, por não ter aprendido a operar o programa”, contou. Segundo Willame, assim como ele, muitos empresários têm dificuldades com o novo sistema. Outro empresário do ramo varejista, Gustavo Borges de Oliveira, da rede Compre Mais, também está confuso quanto às regras do sistema. “Em supermercados, temos uma quantidade muito grande de itens. Chego a catalogar quatro mil produtos. Cada um é registrado de uma maneira diferente”, declarou. Willame e Oliveira pretendem assistir à palestra do auditor da Receita Federal, Jonathan José Formiga de Oliveira, em Campina Grande (PB). Ele explicará como evitar a multa de R$ 5 mil pela falta de envio do documento à Receita. O evento será realizado pelo Sebrae na Paraíba, nesta quinta-feira (26). Segundo a gestora do projeto Comércio Varejista de Supermercados do Sebrae, Maria de Lourdes Machado Ribeiro, apesar de o sistema ter entrado em vigor há três anos, ainda existem muitas dúvidas. Segundo ela, são esperados para o evento 100 empresários de redes de supermercados e núcleos de contadores

25 de abril de 2012

IR 2012: quase 41% dos contribuintes ainda não entregaram as declarações

Welington Vital de Oliveira Faltando seis dias para encerrar o prazo de entrega da declaração do imposto de renda pessoa física, 41% dos contribuintes ainda não enviaram o documento. Segundo a Receita Federal, desde o início do prazo, em 1º de março, até as 16h30 desta terça-feira (24), quase 14,780 milhões de declarações foram recebidas, o que corresponde a 59% do total esperado, de 25 milhões. Aviso A Receita alertou ainda sobre o risco de deixar para declarar o imposto de renda nos últimos dias, pois devido ao acúmulo de acessos no site, pode haver dificuldades nas transações. O órgão também informou, mais uma vez, que não envia cartas ou e-mails intimando ou solicitando aos contribuintes a regularização de dados cadastrais ou informando pendências na declaração do imposto de renda. Aqueles que precisam fazer alterações, regularizações e consulta devem utilizar o site da Receital (www.receita.fazenda.gov.br), acessando o portal do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Fonte: Infomoney

Migração para lucro real pode ser vantajosa

Fundada em 1998, a MM Optics, de São Carlos, interior de São Paulo, há oito anos deixou de ser uma pequena empresa para o fisco e passou a ser classificada como negócio de médio porte. O faturamento projetado para este ano é de R$ 8 milhões, praticamente o dobro do teto exigido para pertencer ao Simples. "Estamos mais próximos das pequenas empresas e bem distantes das grandes, mas enfrentamos uma carga tributária igual à de quem fatura dezenas de vezes mais", afirma o fundador Fernando Mendonça Ribeiro, 40 anos, mestre em engenharia. Hoje, a MM Optics arca com uma carga tributária de 30% sobre os produtos e paga 68,17% sobre a folha de pagamento de seus 55 funcionários. Na ponta do lápis fica difícil ter um produto competitivo no exterior e, em alguns casos, até mesmo disputar uma fatia de mercado com os fabricantes chineses que atuam no Brasil. Fabricante de equipamentos para os mercados médico, odontológico e hospitalar com tecnologia optoeletrônica, a empresa de São Carlos há três anos encontrou um atalho para diminuir os percentuais de impostos. Como fabricante de tecnologia de ponta, enquadrou-se na Lei da Informática e conseguiu uma redução de 80% do IPI e de 61,11% de ICMS. "No ano passado a economia foi significativa, cerca de R$ 200 mil", revela Ribeiro. Outra saída adotada foi migrar da modalidade de tributação por lucro líquido presumido para lucro real, o que nos cálculos do empreendedor foi mais vantajoso. As medidas adotadas pela MM Optics são legais e sugeridas pela maioria dos consultores tributários para quem está, como eles costumam dizer, "no limbo" - não têm os benefícios, a agilidade e a flexibilidade das pequenas e nem o faturamento e a estrutura das grandes. "O primeiro exercício que uma média empresa deve fazer a cada final de ano é o planejamento tributário do ano seguinte", diz José Santiago, sócio da BDO Brasil. "É preciso olhar o passado e projetar o futuro tendo como base os dois cenários: o do lucro presumido e o do lucro real." A conta é relativamente simples. Para comércio e indústria o governo estima 8% de lucro sobre o faturamento, valor sobre o qual incidirão os impostos (alíquota do IR e CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) no caso dos optantes do lucro presumido. "Se no fim dos cálculos o que sobrar for inferior aos 8% apontados pelo governo é melhor adotar o sistema de lucro real, se for superior a 10% vale optar pelo presumido", diz. "Esse exercício só funciona, porém, para quem fatura até R$ 48 milhões por ano, acima dessa faixa a adoção da tributação pelo lucro real é obrigatória." De acordo com Gláucio Pellegrino Grottoli, da Peixoto e Cury Advogados, é crescente o número de médias empresas, com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões, que começam a migrar para o lucro real, principalmente as que atuam em mercados muito competitivos, com margens baixas de lucro. "O problema do Sistema Tributário Brasileiro é não ser escalonado por faixas, como acontece em outros países. Quem fatura R$ 4 milhões, na linha tênue do Simples, ou R$ 48 milhões tem o mesmo cálculo de tributos." Grottoli observa, contudo, que algumas medidas propostas pela Medida Provisória 563/12 poderão beneficiar várias empresas de porte médio, como o programa Um computador por Aluno, instituindo-se o Regime Especial de Incentivos a Computadores para Uso Educacional. O benefício consiste na suspensão, conforme o caso, do IPI, PIS, Cofins, PIS-Importação, Cofins-Importação, Imposto de Importação e Cide na saída de equipamentos de informática para escolas das redes públicas de ensino federal, estadual, distrital e municipal, bem como para escolas sem fins lucrativos de atendimento a pessoas com deficiência. A MP instituiu, ainda, o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de redes de Telecomunicação. O regime suspende o recolhimento de PIS, Cofins e IPI nas vendas no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação às obras relacionais ao programa. Também houve desoneração do PIS e do Cofins dos serviços destinados às obras civis, desoneração essa que se estende à receita de aluguel, de máquinas, aparelhos e equipamentos destinados às obras civis. "A desoneração da folha de salários, com a redução do percentual da contribuição sobre o faturamento ao INSS de 2,5% para 2%, válida a partir de agosto, beneficiou apenas dois segmentos com muitas empresas de porte médio, o de tecnologia da informação e hotelaria", reforça Grottoli. No ramo de franquias o peso é ainda maior em alguns segmentos, conforme salienta Daniel Gudiño, diretor jurídico da Associação Brasileira de Franchising/RJ. "Quando enquadrada no lucro presumido, a franqueadora está sujeita a uma carga tributária de 19,53% (IR, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, PIS, Cofins e ISS) sobre o valor arrecadado com royalties", afirma. "Se for uma franqueadora de prestação de serviços, ainda arcará com 6,37% mais ICMS sobre o valor das mercadorias fornecidas a cada unidade franqueada." Para driblar isso, muitas redes acabam por separar em duas unidades distintas a franqueadora e a distribuidora, com faturamentos distintos. Há, ainda, quem transfira a sede da franquia para municípios que cobram o percentual mínimo de ISS, ou seja 2%, contra a média de 15% praticada por boa parte das cidades. Com 30 anos de mercado, 18 deles como franqueador, o Grupo Astral, especializado em controle de pragas urbanas, tem 50 unidades e faturamento anual de R$ 40 milhões. "Somos uma grande empresa composta por células individuais, cada franquia tem o seu próprio CNPJ, o que ajuda a maioria a permanecer no Simples, o mesmo acontecendo com a franqueadora que está no limite do Simples", afirma Beto Filho, 54 anos, presidente do grupo. Segundo ele, se no lugar de franquias, as unidades fossem filiais, a carga tributária seria gigantesca. A Astral tem 1.300 colaboradores. Fonte: Valor Econômico

5 dicas para lidar com a concorrência

Por mais inovador que seja um modelo de negócios, ninguém nunca está sozinho no mercado. Mas, em vez de encarar a concorrência como um exército inimigo, talvez seja melhor analisá-la sob um ponto de vista mais racional. Afinal de contas, diferentemente de gladiadores lutando pela vida, competidores não são nada mais do que forças empreendedoras diferentes em um mesmo segmento. Para ajudar lidar melhor com esse fluxo de interesses, Matthew Torren, colunista do blog Young Entrepreneur, sugere cinco passos básicos. 1. Conheça seus adversários Faça uma pesquisa sobre o perfil da concorrência no mercado e analise friamente seus maiores erros e acertos. Concentre essa análise em pontos como presença on-line, produtos, serviços e tempo de existência. Esse é o passo inicial para definir quais serão os seus diferenciais. 2. Evite guerras de preços Não existem vencedores em competições de derrubadas de preços. Você pode até obter vantagens caso tenha uma oferta mais atraente. Mas isso é diferente de desvalorizar o seu produto e comprometer o fluxo de caixa. 3. Aprenda com exemplos ao seu redor Observe cases inspiradores em sua área e tente incorporar as estratégias que possibilitaram o sucesso dessas empresas. O mesmo vale para os erros cometidos, que podem servir de alerta para evitar a repetição deles. 4. Seja ético Entenda que a concorrência é formada por outros empreendedores, que assim como você, estão apenas buscando um lugar ao sol para suas empresas. Fique atento às possibilidades de sinergias, pois competidores podem virar parceiros de um dia para o outro. Nada é mais valioso do que uma reputação sólida. 5. Fique atento Respeito é essencial. Mas também é importante saber se impor frente a concorrentes inescrupulosos e predatórios. Nesse caso, saiba equilibrar uma postura ética com iniciativas mais combativas

Dia do Contabilista

Parabéns aos contadores deste país! Vocês são fundamentais para o crescimento desta nação. Curtam o seu dia contador! 25 de Abril de 2012

5 lições que você não vai aprender em uma sala de aula

Embora uma boa formação seja algo valioso para um empreendedor, é impossível ignorar o fato de que algumas coisas só se aprendem na prática. Investir em educação sempre vale a pena, mas a diferença entre a teoria e a realidade é que a última sempre vem com um número de variáveis que podem definir o sucesso ou o fracasso de um negócio. Então, se você acha que vale a pena conferir alguns conselhos de quem já sentiu na pele os desafios de abrir uma empresa, veja as dicas abaixo, compartilhadas por Khary Cuffe, fundador da produtora de vinhos Heritage Link, no site da Inc. 1. Abrir um negócio requer sacrifícios Embora a afirmação seja um clichê, sua repetição nunca é demais. Nenhuma aula no mundo pode preparar alguém para o estresse físico, mental e espiritual que a abertura de uma empresa envolve. Acabam-se os horários de ir para casa, as férias e as horas de sono. A vida social e familiar fica mais limitada. Antes de começar a empreender, pergunte-se se está pronto para encarar tudo isso. 2. O sucesso raramente ocorre da noite para o dia Esqueça histórias romantizadas, como as do Google e do Facebook. Elas são exceções. Empresas como Amazon e LinkedIn levaram anos até se tornarem lucrativas. Se você quer criar algo significativo, seja paciente, pois esse é um processo lento. 3. Se necessário, faça mudanças Na maioria dos casos, é difícil manter-se extremamente fiel à sua visão original. É preciso estar atento e acompanhar as mudanças da economia e do mercado. Em vez de deixar fatores externos destruírem a sua ideia, aproveite a oportunidade para repensar o seu modelo de negócios e melhorar seus resultados. 4. Estratégias de vendas não podem ser ensinadas Independentemente do seu público ou produto, é fundamental estar em contato direto com seus clientes para fechar um negócio. Você pode até aprender estratégias de vendas em uma sala de aula, mas o carisma de um bom vendedor é adquirido apenas ao longo dos anos. 5. Pense grande (mesmo que você seja pequeno) Pensar em grande escala obriga o empreendedor a estabelecer metas ambiciosas e criar processos que viabilizem esse crescimento. Por outro lado, é importante conhecer as suas limitações para não crescer desordenadamente, dando passos maiores que as pernas. No final, tudo tem a ver com correr atrás do seu sonho dentro do seu próprio ritmo.

16 de abril de 2012

O futuro é hoje

Biotecnologia, interatividade, comunicação, sustentabilidade e editoração digital. Saiba porque esses segmentos farão cada vez mais parte do seu dia a dia, e como viraram negócios extremamente lucrativos para empresas catarinenses.

Seja dentro das organizações ou nas residências, a cada dia que passa a tecnologia está mais presente em nossas vidas, e em diversas formas. Quem achava o ritmo dessa revolução algo alucinante, não perde por esperar a próxima década. Imagine o cenário futuro: classes C e D em ascensão, crédito abundante, tecnologias físicas cada vez mais popularizadas e Internet em um rápido processo de expansão com as cidades digitais. Tudo isso avalizado por um consumidor com perfil individualista e hedonista, que precisa comunicar-se e interar-se com o mundo a todo instante. A qualidade de vida e a sustentabilidade serão os dois extremos de um leque de oportunidades do mercado. Veja quem já está agindo - e não apenas pensando - nesse sentido no estado.






INTERATIVIDADE NA PONTA DOS DEDOS




Luiz Daniel Lima, diretor da Sandbox, prevê um crescimento de 50% em 2011.




A linha que separa a nossa realidade da virtual está cada vez mais tênue. Há quem diga que periféricos como mouse e o teclado físico vão sumir por causa de equipamentos como o iPad, feitos com base na tecnologia touch. Assim, as áreas de conhecimento que podem ser beneficiadas são as mais diversas.


No campo da educação, a tecnologia pode ser aplicada em salas de aula para fornecer mais dinâmica às lições, facilitando a didática. Várias empresas já adotam estas mídias para que seus colaboradores possam aumentar a absorção de informações através de jogos e métodos interativos.


O engenheiro mecânico Luiz Daniel Lima, assim como seus sócios, estava imerso em inovação no período em que era estagiário pela fundação CERTI, trabalhando no grupo de mídia interativa. Em um dos projetos, pôde ter contato com um ambiente totalmente rodeado desse tipo de tecnologia, o Sapiens Circus, que fez brotar uma série de ideias na mente dos amigos.


Em 2007, nasceu a Sandbox Mídias Interativas, com o foco de trabalhar na área de eventos, ações promocionais e oferencendo esse tipo de recurso de inúmeras formas para a área de educação e treinamento corporativo.


A empresa cria soluções que integram um determinado conteúdo em uma solução que pode ser operada com a ponta dos dedos. Um vídeo, texto ou imagem pode ser girado, redimensionado e redesenhado da forma que for mais conveniente ao usuário. Um arquiteto pode, por exemplo, apresentar um determinado projeto ao seu cliente e ambos redesenharem juntos a nova planta. Dependendo da empresa, o próprio modelo de negócios pode ser alterado, revertendo-se em uma redução de custos.


O restaurante Inamo, localizado em Londres, é um ambiente onde o cliente se senta e não precisa chamar o garçom. Ele pode realizar o pedido diretamente na mesa onde come, já que esta é totalmente interativa. À medida em que ele escolhe sua refeição, esta passa a ser projetada sobre o seu prato para que ele possa visualizar o produto acabado. Caso seja de seu agrado, o cliente confirma o pedido que automaticamente será enviado à cozinha através de uma pequena impressora. Enquanto o consumidor aguarda, pode utilizar o equipamento para jogar, entrar numa sala de bate-papo, acessar o Google para descobrir onde fica o shopping mais próximo, ou ainda trocar a toalha de mesa virtual para a cor ou estampa que mais lhe agradar.


Luiz Daniel fala que uma empresa do ramo farmacêutico pode fazer um treinamento de vendas realizando jogos do tipo quiz em grupo, ou uma competição para saber o grau de conhecimento de seus vendedores em relação aos produtos. A Sandbox oferece um portfólio de aplicações prontas que podem ser customizadas de acordo com o contratante. Petrobras, JExperts, Natura e Intelbras são alguns dos clientes que fazem parte da carteira da instituição, que espera crescer 50% em 2011.


O diretor revela que boa parte da clientela está localizada no Sudeste, principalmente em São Paulo, por esta ser uma região que opera com um grande volume de eventos. Ele ainda conta que o segredo do negócio reside em desenvolver ferramentas simples e de fácil operação, que sejam quase intuitivas.


A tendência é que com o tempo essa inovação faça cada vez mais parte do cotidiano, sendo encontrada não somente em eventos como também no varejo e dentro de residências - o que mostra ser um mercado extremamente promissor. O preço dessa tecnologia deve cair à medida em que o produto migrar da fase de introdução para a maturidade em seu ciclo de vida.





MERCADO VERDE





Rodrigo Sabatini, fundador da Novo Ciclo, acredita que o conceito lixo zero vai além da ISO 14001.




Sustentabilidade tem se tornado a tônica dos negócios, que não são mais apenas uma questão de vender ou comprar. O critério de escolha de fornecedores pesa cada vez mais em favor de organizações que agem de forma a colaborar com o futuro do planeta.


Grandes companhias começaram a perceber essa tendência e passaram a investir em políticas verdes condizentes com a exigência do mercado. Dentro delas, encontra-se relatórios obrigatórios de emissão de carbono, mobilidade inteligente, construções verdes, tecnologia limpa, racionamento de recursos, programas de eficiência energética e energias renováveis, além da classificação ecológica de parceiros.


Tudo isso fez surgir uma série de novos empreendimentos verdes, como empresas de materiais de construção, varejistas, condomínios e consultorias em sustentabilidade. O problema é identificar onde acaba a real preocupação com o meio ambiente e onde começa a propaganda enganosa.


Rodrigo Sabatini, da Novo Ciclo, uma consultoria especializada na gestão de resíduos baseada no conceito lixo zero, acredita que a palavra sustentabilidade se tornou uma marca - assim como o termo ecolologia, que se massificou na década de 90.


Há muito tempo uma pergunta assolava a mente de Rodrigo: como poderia resolver o problema do lixo? Ele começou a estudar a ideia de sua consultoria em 2002, porém notou que não havia viabilidade em seu negócio pela falta de uma consciência coletiva que apontasse nessa direção - como é hoje. Assim, aguardou e monitorou o mercado até 2007, quando percebeu uma maior maturidade.


Em 2008 a empresa foi fundada e um ano depois já havia se tornado uma sociedade anônima de capital fechado, em parceria com alguns investidores. Entre eles, está a Harpia Ventures, uma corporação de private equity e venture capture voltada à participação em empreendimentos dos segmentos imobiliário, novas mídias e sustentabilidade.


A Novo Ciclo tem dois pontos-chave. No primeiro, a consultoria está focada em reconceituar o que é lixo para as pessoas, o qual não se trata de apenas um monte de sujeira misturada. O que leva ao segundo ponto, que é quebrar o paradigma de que todo o processo de consumo termina numa etapa chamada descarte. Na verdade, para a empresa o que existe é um processo de encaminhamento. A ideia é que todo resíduo, seja numa linha de produção ou em uma residência, seja devidamente limpo, armazenado, transportado, estocado e transformado em matéria-prima de novos produtos. Dessa maneira, o empreendimento impede a formação do lixo e o aumento dos aterros sanitários.


Para isso, o trabalho da consultoria se baseia em quatro pilares: engenharia, educação, marketing e design. O primeiro diagnostica os processos de formação de resíduos e reprojeta o fluxo de forma a garantir que esse não mais agrida o meio ambiente. A etapa seguinte conscientiza as pessoas do que é e do que não é lixo, para que ajudem a mudar o sistema. O design vai reorganizar o mundo dos envolvidos nos processos através de móveis que facilitem a adesão ao projeto. Por último, os trabalhos de marketing internos e externos farão a divulgação das ações para que se crie uma confiança de todos os integrantes.


Na construção desse novo ambiente, a palavra lixeira deixa de fazer parte do cotidiano, onde aparecem os residuários (foto acima). Na opinião de Rodrigo, trata-se de um processo que vai muito além da ISO 14001, que estabelece diretrizes sobre gerenciamento ambiental dentro de empresas. “A gente não está falando de gestão do lixo, e sim de evitar a geração deste, o que na verdade eleva muito mais o nível de exigência”, comenta o diretor.


A Associação Catarinense de Supermercados (ACATES) é uma das instituições assessoradas pela Novo Ciclo em seus eventos. Cada um destes tem média de público que varia de 20 a 30 mil pessoas, onde 92% dos resíduos gerados - cerca de 37 toneladas - foram encaminhados de forma correta. O mesmo acontece com a consultoria de condomínios.


Nestes são instalados residuários onde os moradores limpam, separam e armazemam os materiais de forma classificada. A Novo Ciclo encaminha carros de coleta para transportarem todo o material até o local que Roberto chama de Central de Agregação de Valor. Cada material recebido já tem um destino específico de acordo com a logística montada para ele. Estes são repassados para negócios de transformação, onde tornam-se matéria-prima de um novo produto.


Os negócios verdes, que 20 anos atrás seriam vistos como uma utopia, têm se revelado verdadeiras minas de ouro do século XXI. A Novo Ciclo é exemplo desse modelo, tendo quadruplicado de tamanho a cada semestre. Com cerca de 30 colaboradores, faturou aproximadamente 1,5 milhão de reais em 2010.





A EDITORA DO FUTURO






Marcos Passos, idealizador da Bookess e do site que promete ser o fim do martírio dos escritores.




Certamente você já escutou a frase da sabedoria popular que diz que todos antes de morrer devem ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Na época em que a oração foi criada, tinha uma razão de estar nessa ordem. Afinal, escrever um livro sempre foi uma guerra de várias batalhas. A primeira envolvia a inspiração criativa interna para elaborar um texto. A segunda era enviar os originais para várias editoras e aguardar longos meses de análise. Caso alguém visse potencial no mesmo, começariam os processos de correção ortográfica, adequação da linguagem, diagramação, criação de artes e ilustrações, escolha de canais de distribuição, marketing e divulgação - além da impressão que, muitas vezes, dependendo do risco calculado pela editora, poderia ter a primeira tiragem paga pelo escritor. Cansou só de pensar?


Se essa história parece familiar, talvez você esteja tentando lembrar da indústria fonográfica, que era absoluta e soberana ao filtrar e selecionar os compositores e bandas que deveriam entrar, ou não, no mercado. Quando veio a Internet, do dia para a noite tudo mudou graças a programas como Napster e Kazaa.


Na mesma vertente, porém no mercado editorial surgiu a Bookess, uma mescla de biblioteca com editora digital. A ideia é que um escritor independente, ou mesmo uma editora, possa publicar seu trabalho no site da Bookess. Através de um cadastro, pode enviar seu arquivo para que possa ser baixado ou remetido em formato impresso para qualquer local do globo terrestre.


O dono da ideia é Marcos Passos, acadêmico da sétima fase de Ciências da Computação. Aos 21 anos, ele administra uma empresa que vem atraindo a atenção de escritores independentes, editoras e investidores de risco.


A Bookess era a peça que faltava no tabuleiro do mercado editorial num momento propício, que envolve a rápida ascensão do Kindle e outras formas de leitura digital, o aumento relâmpago das vendas de livros em sites como o Amazon (tanto em formato impresso como digital) e o surgimento de novas tecnologias como as gráficas digitais que podem imprimir um único livro por tiragem. Isso tudo aliado à imensa geração de conteúdo que a Internet trouxe. Só faltava alguém que fizesse o meio de campo.


Pode parecer simples ao primeiro olhar, mas o site gera uma série de benefícios aos seus escritores. Eles podem enviar o arquivo em formato PDF ou até mesmo em Word, além de escolherem os serviços que desejam aderir, como tradução para língua estrangeira, registro do ISBN, ilustração profissional da capa, editoração e revisão. Há também a opção de escolher o preço a ser comercializado após o cálculo do custo. Ou seja, dependendo da situação, o autor pode ficar sem desembolsar um único centavo até a venda do primeiro exemplar. A parte de logística e cobrança fica a cargo do site, que tem parcerias com distribuidoras e administra as vendas. Ao atingir o valor de 100 reais, a quantia é depositada na conta do autor. “Isso faz pensar quantos novos escritores podem entrar no mercado”, diz Marcos.





BIOTECNOLOGIA





Jörg Henri Saar, fundador da UmWelt. Biotecnologia com foco sustentável.




O biólogo alemão Jörg Henri Saar carrega em suas costas uma longa carreira internacional dedicada à microbiologia. Durante seu doutorado em Paris, trabalhou no uso de bactérias para chegar a um catalisador de ações químicas específicas.


Passou então a lidar com micro-organismos já no âmbito industrial, quando conheceu alguns brasileiros que lhe falaram muito bem do país. Decidiu passar um ano no Brasil, porém esse plano já se transformou em mais de duas décadas, que incluem passagens pela UFMG, UFSC, FURB e Instituto Oswaldo Cruz. Assim, Jörg acumulou experiência na microbiologia ambiental, industrial, e engenharia genética.


Em 1996, ele resolveu abrir a UmWelt para atuar em quatro frentes: assessoria e consultoria ambiental; prestação de serviços de análises físico-químicas, microbiológicas, ecotoxicológicas de águas e resíduos líquidos e sólidos; biotecnologia ambiental aplicada a processos biológicos de controle de poluição; desenvolvimento de projetos de estações de tratamento (ETE).


O empresário soube captar recursos junto a órgãos como o CNPq, FINEP e Fapesc para realizar pesquisa e desenvolvimento, que culminaram em produtos e serviços voltados à área de biotecnologia ambiental. Um deles é o Biolux, usado no monitoramento da qualidade de águas e resíduos, em análises de toxicidade padronizadas para efluentes, produtos químicos e extratos provenientes de solos e resíduos sólidos. Outro produto é o Desco, desenvolvido para a remoção de cores por meio de micro-organismos, promovendo a degradação de corantes têxteis sem a necessidade de contínua aquisição de bactérias e formulações complexas.


O Brasil tem avançado nas áreas de biotecnologia farmacêutica e energética, e alimenta o mesmo ritmo de nações desenvolvidas. Porém, na área ambiental, os processos ainda têm um potencial pouco desenvolvido - apesar de andarem a passos largos - se pensarmos que se trata da nação com a maior biodiversidade do planeta.


A biotecnologia como um todo ainda está engatinhando no país. Existem setores relativamente na fase embrionária, como a nanotecnologia e a bioinformática, que na próxima década deve deixar de ser assunto distante da nossa realidade e se tornar algo cotidiano. A pergunta que fica é: qual o papel que o Brasil irá assumir no cenário global?





A TV COM CARA DE INTERNET





Anderson Nielson, diretor da Brava iTV. Expectativa de faturamento de 7 milhões de reais em 2010.




O lançamento da televisão digital no Brasil abriu um novo e promissor setor. Uma das pioneiras nesse segmento em Santa Catarina é a Brava iTV, de Joinville, especializada no desenvolvimento de aplicações interativas para TV.


No ano de 2008, o FINEP lançou um edital específico para subvencionar projetos na área de tecnologia da informação relacionados à televisão digital e a aplicações para dispositivos móveis. O projeto inscrito pela Brava era relacionado ao T-commerce (veja mais na página à esquerda). A financiadora recebeu mais de duas mil inscrições, e a Brava foi uma das contempladas. O aporte de 1,5 milhão de reais permitiu a empresa não só desenvolver o produto como consequentemente gerar conhecimento que poderia ser levado a outras soluções.


Com o novo formato, a TV - que antes era apenas uma mídia unilateral - passa a ser multilateral. Dessa maneira, o telespectador que antes era só um receptor passa a exercer papel de emissor de mensagens. Assim, interage não só com a programação como também com outros espectadores, seja durante um jogo de futebol tuitando sobre o gol do time do coração, ou respondendo uma pesquisa de opinião sobre as matérias do telejornal que acaba de ser veiculado. Outra possibilidade que se abre é a de comprar itens da decoração de um cenário de telenovela, processo que pode ser feito utilizando apenas o controle remoto.


Os intervalos das programações também passam a ter outro significado. No momento em que a pessoa vê um comercial de apartamentos à venda em um residencial recém-inaugurado, pode pausar a propaganda, explorar o imóvel, visualizar a planta baixa e até mesmo conversar com o corretor.


A gama de possibilidades oferecidas por esse novo formato de televisão ainda é inimaginável, porém já é possível prever um boom de novos tipos de publicidade, que devem ser cada vez mais customizadas para o cliente - e eficazes para os anunciantes.

9 de abril de 2012

Não basta vender. Tem de participar!

É claro que oferecer um produto ou um serviço de qualidade já é meio caminho para aumentar as vendas, mas não é só disso que uma empresa precisa.Ter um excelente atendimento – tanto no pré, no durante e no pós venda – é o diferencial para qualquer companhia permanecer hoje no mercado, no qual a concorrência está, a cada dia, mais acirrada.

Qual o segredo para ter uma ótima venda? Cada empresa, cada setor tem um foco, mas as estratégias de como vender são as mesmas. Ou seja, tudo se inicia em um planejamento estratégico.

Primeiramente, a organização tem de saber o básico: para quem eu vou vender meu produto/serviço. Isso é essencial para conseguir focar e acertar o alvo. Ter bons vendedores também é essencial, pois eles serão a cara da empresa – se não passarem a ideia da organização, toda a estratégia montada vai por água abaixo.

A empresa também precisa decidir outro detalhe: vai primar pela qualidade ou pelo preço? Vai vender menos ou quer atingir a massa? Mesmo escolhendo por ter preços mais acessíveis, precisa ter em mente que não pode oferecer qualquer produto ao mercado. Se isso ocorrer, tenha certeza de que a venda será única.

Após estas decisões, é preciso ver onde a empresa estará: local fixo,e-commerce, telefone, site, e-mail… Enfim, para tudo há necessidade de um planejamento estratégico. Porém, os desafios não acabam por aí.

Se tudo correr bem, as vendas dos produtos/serviços começarão. Só quetem um pequeno detalhe ao qual nem todas as empresas ficam atentas, principalmente as de serviços: e como fica o atendimento durante e depois da venda? Simplesmente entregamos o serviço e acabou? Nada disso. A atenção que a instituição dará ao cliente fará com que ele se fidelize. Tenha certeza disso!

Estou falando do pós-venda, que deve ser cada vez mais incorporado noprocesso de gestão de qualidade. Sua eficácia auxiliará muito no melhor desempenho dos trabalhos, garantindo a devida entrega do que foi negociado.Numa área de serviços como o outsourcing, o trabalho de acompanhamento da operação já não é suficiente, pois está envolvida com o dia a dia do cliente, e o acompanhamento pela equipe comercial que fechou o negócio também não basta. Por isso, agregar mais qualidade e garantias ao cliente é um grande diferencial.

Atender bem, do diagnóstico das necessidades do cliente até o pós-venda, é de extrema importância para a sobrevivência de qualquer empresa, em todos os ramos. Não basta vender; tem de participar!

3 de abril de 2012

EIKE BATISTA DÁ DICAS PARA VOCÊ SE TORNAR UM EMPREENDEDOR

Na vida dos mega ricos não existe engarrafamento, fila, nem aeroporto lotado, nem voo atrasado. No escritório, uma parede rabiscada com projetos para multiplicar a fortuna.

Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, tem 50 R$ bilhões. Dez zeros antes da vírgula. Você ficou impressionado com aquele carrinho de supermercado cheio de dinheiro apreendido do jogo do bicho no mês passado no Rio? Pois o dinheiro de Eike Batista daria 13 mil carrinhos daqueles – que enfileirados, coladinhos, iriam de um lado ao outro da ponte Rio-Niterói.



São necessários tantos bilhões para ser feliz? “Essas coisas já transcenderam. Não é isso. Eu me considero um criador de riqueza como um compositor compõe uma música. As minhas notas por acaso são dinheiro”, explica Eike. A sinfonia da multiplicação começou cedo – e seu símbolo, o “x”, sinal de “vezes”, está nos nomes de todas as empresas .

Nos anos 70, o garoto rico não se acanhou de vender seguros de porta em porta na Alemanha, onde fazia faculdade de engenharia. “É uma febre, você pega uma febre de querer continuar nessa independência financeira”.

E a faculdade na Europa foi trocada pela selva brasileira, em busca de ouro. “Eu tive muita sorte, porque em um ano e meio, eu cheguei a comprar US$ 60 milhões em ouro e fiquei com a margem líquida de US$ 6 milhões. Então, com 23 anos. Nada mal”, brinca Eike. Jovem, milionário e ainda ambicioso.

Veja a definição de Eike Batista do significa empreender: “Empreender nada mais é do que identificar ineficiências, falta de qualidade de produtos e fazer algo melhor. E melhor de tudo é fazer algo melhor e mais barato. Se você conseguir combinar essas duas coisas, você vai ganhar muito dinheiro”.

O empreendedor Eike investiu em pesquisa para saber o potencial de um garimpo e depois mecanizou a produção. “Agora, eu, obviamente, subestimei logística, logística na Amazônia, doenças, malária, gente mesmo. Você botar um negócio que nunca tinha sido feito antes. A mina era tão rica, que ela aguentou todos os meus desaforos. E aí tem um aprendizado. Quer dizer, encare negócios para empreender que tenham gordura, margens altas, margens de lucro potencial altas”, explica Eike.

O aprendizado com a mina foi o primeiro passo para uma visão de negócios que Eike Batista chama de 360° – e que está detalhada em um livro escrito em parceria com o jornalista Roberto D’Ávila. A ideia é que todos os aspectos do negócio precisam ser levados em conta antes de começar um empreendimento. Daí os 360°. “Eu sempre fui buscar o máximo de conhecimento possível para errar menos”, explica.

Embarcamos no jato privado de Eike – e depois no helicóptero particular – para ver um projeto que para ele exemplifica o conceito. “Nós estamos construindo o maior estaleiro das Américas no Rio”, conta. Além do estaleiro, Eike constrói um parque industrial e o maior porto do país no norte do estado. Tudo vai dar uns US$ 40 bilhões. A área das obras é tão grande que precisamos visitar de ônibus.

“Dentro do complexo, nós teremos 160 km de estradas pavimentadas”, anuncia Eike. Já em janeiro, ele garante que sua empresa vai produzir os primeiro barris de petróleo de uma companhia privada brasileira. E no segundo semestre, grandes navios devem começar a atracar no pier, que avança 3 quilômetros mar adentro.

Nem todo mundo aprecia esse gosto pela grandiosidade. Os ambientalistas, por exemplo, o acusam de ter incentivado o uso no Brasil, como fonte de energia, do carvão: o grande vilão do aquecimento global.

Alguns empresários também dizem que seus negócios são de altíssimo risco. A maior parte do dinheiro foi levantada na bolsa de valores. Ele diz que os investidores confiam nele por seu passado. “A minha história não é a história só dos últimos dez anos. É uma história de 30 anos. Até o ano 2000, eu era conhecido como o marido da Luma de Oliveira. E não pelas nove minas que eu criei do zero. Minas de ouro gigantescas, muita riqueza criada. Eu apareci como se tivesse caído do céu”, explica.

A história do casamento com a modelo Luma de Oliveira durou 13 anos. Ao lado dela, no mundo das celebridades, Eike sempre posava como coadjuvante. Do casamento, ficaram dois filhos. No escritório, fotos da família e evidências de que ele não dispensa uma ajuda do além. Só se senta de frente para a porta. De amuletos, tem dois guerreiros incas – do império do ouro – e um elefante indiano.

A superstição se estende ao 63 – número da lancha com a qual bateu o recorde mundial de velocidade. E a partir de então, o número da sorte do bilionário Eike Batista, que se admite competitivo: “Eu diria que aceito quase qualquer desafio”. Principalmente no mundo dos negócios.

Quais são as principais dicas para quem quer ser um empreendedor?

Você tem que ter disciplina, uma boa ideia e, depois da boa ideia, elaborar um plano de negócios muito detalhado.

Mas e quem não tem uma boa idéia? Pode ser empreendedor?

Pode. Eu falo muito sobre isso, é estudar a possibilidade de uma franquia. O iniciante deveria começar por aí. E daí vai ver que a pessoa vai criando novas ideias. Depois que você começa a tocar uma lojinha, seja do que for, você tem aquele aprendizado do dia a dia, que vale muito.

Outra dica do administrador Eike é delegar funções e cobrar resultados.

Eu não tenho o mínimo problema de delegar. Agora, cobro muito. É fácil você cobrar. Eu gosto muito de checar, então isso obriga todo mundo a ser transparente.

Eike faz de seus executivos sócios, com ações do grupo. E incentiva a distribuição de lucros para empregados. Isso vale também para os pequenos empresários?

Claro. Até o dono da padaria deveria pegar uns 20% lá e distribuir para os funcionários. Faz um efeito inacreditável.

E se precisar de um sócio?

Sócios você tem que eventualmente buscar aquela pessoa para te complementar, algo que você não sabe fazer. Agora, a busca desse sócio eu diria que está ligada à sorte na vida. Como casamento, não é eterno.

Seu objetivo é em bilhões, em obras. Onde é que Eike Batista quer chegar?

O objetivo é ser respeitado. Ter respeito. Da pessoa mais graduada do meu país até o mais humilde.

Respeito que ele tenta conquistar com projetos pelo Rio de Janeiro, como a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e doação de dinheiro para a pacificação das favelas.

Nós estamos contribuindo com R$ 20 milhões por ano nos próximos quatro anos para fazer tudo acontecer.

Qual é a sua maior vaidade?

Ah, eu gosto de cuidar de mim, normal. Isso começa com saúde e também aparência.

O senhor já fez plástica?

Sim, fiz a pálpebra, fiz implante de cabelo. É sofrido, dolorido, viu? Espero que em breve cheguem células-tronco para não ser tão dolorido. Eu não recomendo.

Eike já é o oitavo homem mais rico do mundo, segundo a prestigiada revista americana Forbes. E já estabeleceu prazo para ser o primeiro: “2015, 2016”. Tão rápido? “Você acha rápido? É muito tempo”.

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O ATAQUE DA CONCORRÊNCIA?

por Raúl Candeloro -

A maioria das empresas está focada nas próprias ações e se esquece de prestar atenção no que seus principais concorrentes estão fazendo. A preparação para não ser atacado pela concorrência é extremamente necessária nos dias de hoje, em que existem menos barreiras de entrada e mais opções de produtos e serviços substitutos. Estar preparado para qualquer ataque da concorrência pode evitar que a sua empresa e suas vendas caiam drasticamente.

John Graham, autor do livro “Marketing da Atração: A Estratégia Rápida para Colocar sua Empresa no Topo”, defende que a única iniciativa prudente é a de “blindar” seu negócio, tornando-o à prova de balas, antes que o tiroteio comece.

Mesmo que o conceito pareça óbvio, poucas empresas estão realmente preparadas quando o tiroteio começa – sejam tiros dos competidores mais agressivos ou de uma economia conturbada. A maioria das empresas simplesmente torce pela melhora das condições. “As coisas vão melhorar”, dizem confiantemente. “Já passamos por isto antes”. Para Graham, essas frases refletem simplesmente a ignorância empresarial, que pode levar uma empresa a fechar suas portas.

Pode parecer um pouco de exagero de sua parte, mas Graham tem razão no que diz, e quem já passou por isso sabe do que estou falando. O mercado é competitivo e os clientes, hoje, têm muito mais opções do que tinham antes. E sua equipe tem de estar preparada para enfrentar e superar essa concorrência.

Existem passos práticos que uma empresa pode dar, para garantir seu futuro. E o que vai acontecer se você respeitar essas estratégias? Nos tempos de vacas gordas, você ganhará dinheiro como nunca. E se um concorrente tentar derrubá-lo, você não será vulnerável. Parece bom? E é! Confira aqui os conselhos de Graham para você montar suas defesas e blindar sua empresa:

- Nunca pare de se preocupar.
- Nunca tome um cliente por garantido.
- Nunca se contente com o que tem.
- Nunca assuma que você realmente conhece seus clientes.
- Nunca assuma que amanhã será melhor do que hoje.
- Nunca pare de vender sua empresa para seus clientes.
- Nunca dependa da reputação do preço mais baixo.

O trabalho de blindar sua empresa não é mais uma opção. Também não é o tipo da coisa que você deixa para fazer quando tiver tempo e as coisas estiverem mais tranqüilas. Essa blindagem é justamente a base para manter sua empresa forte e crescendo.

Além disso, é uma estratégia que requer planejamento, atenção consistente e intensidade. Mas os resultados sempre valem a pena, como diz o ditado: “Não existe nada mais emocionante do que tentar te atingir e não conseguir”.

Raúl Candeloro
Editora Quantum – Revista Venda Mais
http://www.vendamais.com.br