Uma bela assombração que sempre ronda alguns empreendedores é o famoso plano de negócios (Business Plan para os mais íntimos). Pois bem, agora vamos esclarecer alguns mitos sobre esse nosso amigo assombroso que não é tão malvado assim.
1º Mito: O plano de negócios serve só para mostrar para investidores ou incubadoras.
Veja bem! Escrever que a estimativa conservadora da sua ideia de negócio prevê que você lucrará 10 milhões no primeiro ano não fará o investidor te dar um abraço e aceitar na hora seu pedido. O plano de negócios serve para você definir que tipo de empreendedor é você, pra que serve a sua ideia de negócio, o que te faz pensar que é especial e como pretende alcançar seu objetivo. Não perca o tempo de seu leitor fazendo um plano “para inglês ler”. Escreva pela razão correta: se planejar.
2º Mito: Quanto mais detalhado o plano, melhor ele será.
Nem sempre. Isso vai depender do item que você está descrevendo. Detalhes são importantes, sim, mas somente nos itens que realmente exigem detalhamentos. Depois de 20 páginas, cada 10 do seu plano aumentam em 25% a chance dele não ser lido. Saiba de uma coisa muito importante: O plano não vai fechar nenhum negócio, e sim, conseguir o interesse do investidor. Interessado, ele vai analisar sua ideia, pesquisar o mercado e ver se o que você está falando é verdade. Não perca o tempo de seu leitor enchendo-o de informação, mostre apenas o que é vital para que ele se interesse em pesquisar sobre a ideia.
3º Mito: A primeira coisa a ser feita em uma empresa é o plano de negócios.
Muita calma nessa hora. Essa é uma ótima forma de garantir que o plano de negócios seja ruim. Primeiro, busque dados (famosa coleta de dados) razoáveis o suficiente para conseguir montar uma pequena apresentação que explique o que você pretende fazer. Mostre para algumas pessoas confiáveis, conte sua ideia, entenda o que elas acham e, na medida do possível, leve em consideração alguns palpites (só os melhores, que são poucos). Também tente descobrir o que os clientes querem e, só então, comece a escrever o plano. Uma apresentação é muito mais fácil de alterar do que um documento de 20 páginas.
4º Mito: O plano de negócios é aplicado totalmente na prática.
Muito-quase-totalmente-impossível. O plano serve como um guia, mas não é a verdade absoluta. No momento de planejar é importante assumir as informações como verdadeiras. Mas, se na prática aparecerem diferenças, obstáculos ou outros caminhos que facilitem a jornada, não tem porque não se adaptar. Não seja cabeça-dura.
5º Mito: As projeções financeiras precisam ser extremamente detalhadas.
Nem tanto, nem tanto! O importante é entender quais são os fatores que farão vender mais e onde se gastará esse dinheiro. Planejar quanto será gasto com canetas, clips e borrachas não fará você parecer mais inteligente. Não perca tempo, nem o seu, nem de seu leitor mostrando números detalhados que não levarão a lugar algum, muito menos ao lucro. De certa forma, valores como esses não vão alterar as metas de vendas. Mostre a organização do seu raciocínio para argumentar com eficácia o que você está levando em conta para chegar naqueles números. Isso comprovará muito mais se a estimativa faz sentido, do que os números em si.
6º Mito: A descrição do produto é a parte mais importante do plano.
Errado. A descrição do negócio é a parte mais importante. Muitos consideram que ela deva ser apresentada por meio do sumário executivo, que nada mais é do que um resumão de tudo que tem de mais importante no plano de negócio inteiro e é a primeira parte que será lida. O sumário executivo deve ser escrito por último e ter no máximo 2 páginas. Seus elementos são:
- Descrição do problema que você pretende resolver;
- Como você irá resolver o problema usando formas diferenciadas;
- O modelo de negócios (como você vai ganhar dinheiro);
- Qual a sua estratégia de marketing;
- Quem são os seus concorrentes;
- Quais as projeções financeiras;
- O time que levará a empresa e suas experiências relevantes na área do negócio;
- Status do projeto: o que já foi feito e quais os próximos passos.
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