30 de janeiro de 2012

:: Diário de Natal - Crédito: uso tem de ser consciente ::

Um dos obstáculos mais reclamados pelos empreendedores individuais para a evolução e mudança de patamar dos negócios atende pelo nome de crédito. É o dinheirinho que falta para investir em equipamento, transporte, compra de um ponto comercial, ou que sirva para capital de giro, desde que seja, vale ressaltar, para ser aplicado no negócio. Isso porque muitos confundem o recurso disponibilizado pelos bancos como um dinheiro qualquer, que pode ser utilizado nas finanças pessoais, como por exemplo, para pagar uma dívida.


"Formalização é um passo adiante", diz Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN. Órgão orienta os microempreendedores sobre a gestão do negócio e acesso a oportunidades de crescimento Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press

Para a superintendente de Microfinança Urbana e Micro e Pequenas Empresas (MPE) do Banco do Nordeste (BNB), Anadete Apoliano Torres, a nomenclatura fala por si só: o crédito é "produtivo". "Observamos casos em que eles não sabem separar o que é o dinheiro do empreendimento e o deles". Enxergando essa desinformação, Anadete enfatiza que o serviço de orientação é fundamental no momento da retirada do recurso. Cabe à figura do assessor de crédito a responsabilidade de daro encaminhamento correto aos empreendedores para a aplicação dos recursos.
"O uso deve acontecer sempre em função do crescimento do empreendimento", acrescenta Anadete, que desmistifica a ideia da evolução do negócio estar necessariamente ligada a quanto é investido. "Se fosse só dar dinheiro para crescer seria muito simples", reforça. No entendimento da superintendente de Microfinaça, o crédito pode sim gerar a melhoria das finanças pessoais, mas como consequência do desenvolvimento do negócio, convertendo o investimento inicial em renda para a família.
O superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto, concorda, e dá um conselho: "o pior que pode acontecer é você montar uma empresa só para pegar o dinheiro". De acordo com ele, quem abre um negócio com esse objetivo tem uma tendência grande de colocar o dinheiro fora do empreendimento, que por sua vez tende a ruir. "O crédito tem de ser visto como uma alternativa", conclui.

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